sábado, 14 de abril de 2007

A FELICIDADE, IMPOSSIVEL?


Uma amiga, com voz calma, dizia-me: “ Óscar Wilde, um optimista nato, referia que existem duas tragédias na existência: não satisfazer todos os desejos; satisfazer todos os desejos.

Alguns chegam a determinada fase da vida e apercebem-se que não conseguiram obter aquilo que pensaram que era necessário para ser feliz.

Outros obtiveram tudo o que projectaram ter para serem felizes e não o são.

Para ambos o mundo parece vazio e entediante, em crise existencial.

O que é que lhes poderá trazer a felicidade?

Muitas pessoas sentem que vivem numa sociedade de concorrência feroz e de sacralização das riquezas materiais e de profunda angústia, sem encontrarem um outro ideal que não esse egoísmo exacerbado.

Uns viram–se para a religião, outros para seitas, outros para drogas de toda a espécie, outras para um estilo de vida em sucessivas fugas para a frente vertiginosas, outros a estragar a vida de quem está por perto.

Há quem ache que a meditação filosófica é um recurso de muitos para suportar a vida e que a felicidade é uma coisa pessoal.

Cada um tem a sua felicidade, diferente da felicidade dos outros.

Uma felicidade igual para todos é um absurdo.”

A conversa continuou longa.

Como viver para ser feliz?

terça-feira, 3 de abril de 2007

A MAGIA DA MÚSICA

Musicoterapia: chamam -lhe alguns quando apontam as propriedades curativas da música.

Talvez tenham alguma razão.
A música é a única forma de arte sem intermediários: vai directa a cada um de nós, as notas voam sem suporte.
A música é pura emoção: Rimos, choramos, magoamo-nos, divertimo-nos, pensamos, relaxamos, repudiamos, amamos ou simplesmente escutamos.
Mas nunca somos os mesmos ouvindo musica ou com ela dentro de nós.
Até no silêncio há música.
E para todas as ocasiões.
Lembro-me de um célebre músico do século XIX ter dito que se pudesse ter composto no início dos tempos poderia ter forjado o temperamento dos povos e dos homens.
Aí está muita música popular para o comprovar.
E os Hinos?
A espiritualidade dos cantos gregorianos e a obra de Bach não parecem conduzir aos deuses?
Beethoven e algumas árias de ópera não são boas para uma catarse do dramático?
Wagner não é bom para batalhas?
E o Jazz e os blues para acompanhar um bom Martini?
E as nossas recordações nostálgicas do rock, do disco sound, dos seus sucedâneos?
E a chanson française, os festivais italianos, a musica do diversos mundos.
Eu acho que ninguém passa sem música, seja ela qual for.
Gostam de música?
Têm a mesma opinião?