quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

AS MARAVILHAS DO AMOR


Recorda sempre aquele momento, como se não fosse possível apagá-lo da mente.
Era uma linda tarde de Primavera, um daqueles dias em que só podem acontecer coisas boas.
Ela era ainda uma garota cheia de sonhos, acreditava que o amor existia e justificava qualquer acção.
Estava sentada, o olhar perdido nos seus pensamentos, quando algo a despertou deste torpor. Na sua frente, saído directamente dos seus sonhos, encontrava-se o homem mais maravilhoso que já havia visto.
Não conseguia pensar, não conseguia falar, até tinha dificuldade em respirar.
Foi amor à primeira vista. O espaço que foi preenchido no seu coração, nunca poderá ser apagado porque, mesmo que o amor se transforme, para sempre ficará uma eterna lembrança e a melhor das saudades.

E vocês acreditam no amor à primeira vista?

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

UM BRINDE A 2007


Estamos a chegar ao fim de mais um ano. Inevitavelmente, fazemos o balanço do que tem sido a nossa vida.
Quando olhamos para trás verificamos que existiam tantas coisas que podíamos ter feito e não fizemos e outras tantas que nunca deveríamos ter feito e fizemos.

Existem tantas pessoas que perdemos ao longo deste nosso percurso e tantas outras que conhecemos e ajudaram a enriquecer a nossa vida.

Olho para trás e sinto saudades de momentos que vivi e que na altura não soube aproveitar. Sinto saudades de muitas pessoas que, por uma razão ou por outra, se afastaram de mim.

Às vezes gostaria de renascer a cada ano, com coragem para tomar certas decisões mais difíceis, para dizer tudo o que me vai na alma. Apagar o passado e viver apenas para o presente.

Que 2007 seja para todos um bom ano.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006


É Natal!

Um momento doce e cheio de significado para todas as nossas vidas.
É tempo de repensar valores, de ponderar sobre a vida e tudo o que a cerca.
É momento de deixar nascer essa criança pura, inocente e cheia de esperanças que mora dentro de nossos corações.
É tempo de festejar, no brinde do champanhee no sorriso daqueles que amamos.
É sempre tempo de contemplar aquele menino pobre,que nasceu numa manjedoura, para nos fazer entender que o ser humano vale por aquilo que é e faz, e nunca por aquilo que possui.
Que este 25 de Dezembro traga raios de luz que iluminem o vosso caminho e transformem o coração a cada dia.
Que o Natal traga esperança e força para viver e sempre com muita felicidade.


Feliz Natal

domingo, 17 de dezembro de 2006

De que Valem a Experiência e o Conhecimento da Velhice?

Estava a pensar em algum tema para escrever mas a falta de tempo não ajudava
Verdadeiramente, o tempo é o bem que mais desperdiçamos, sem que o possamos, alguma vez, recuperar.
Esta reflexão levou-me a pensar na velhice e num texto que li, há algum tempo, e adorei.
Partilho-o convosco e espero que também seja do vosso agrado.



«Envelheço aprendendo sempre» - Sólon, na sua velhice, repetia muitas vezes este verso. O sentido que esse verso possui permitir-me-ia dizê-lo também na minha; mas é bem triste o conhecimento que, desde há vinte anos, a experiência me fez adquirir: a ignorância ainda é preferível.
A adversidade é, sem dúvida, um grande mestre, mas faz pagar caro as suas lições e muitas vezes o proveito que delas se tira não vale o preço que custaram. Aliás, a oportunidade de nos servirmos desse saber tardio passa antes de o termos adquirido. A juventude é o tempo próprio para se aprender a sabedoria; a velhice é o tempo próprio para a praticar.
A experiência instrui sempre, confesso, mas não é útil senão durante o espaço de tempo que temos à nossa frente. É no momento em que se vai morrer que se deve aprender como se deveria ter vivido?
De que me servem os conhecimentos que tão tarde e tão dolorosamente adquiri sobre o meu destino e sobre as paixões alheias de que ele é o fruto?
Não aprendi a conhecer os homens senão para melhor sentir a desgraça em que me mergulharam e esse conhecimento, embora me revelasse todas as suas armadilhas, não me permitiu evitar nenhuma delas. Porque não permaneci nesse estado de confiança, insensata mas ditosa que durante tantos anos fez de mim a presa e o joguete dos meus ruidosos amigos, sem que tivesse a mínima suspeita de todas as tramas em que estava envolvido?
Troçavam de mim e eu era vítima deles, é verdade, mas acreditava que me amavam, e o meu coração deliciava-se com a amizade que eles me tinham inspirado e pensava que sentiam por mim uma amizade igual. Essas doces ilusões estão destruídas. A triste verdade, que o tempo e a razão me revelaram, ao fazer-me sentir a minha infelicidade, permitiu-me ver que não havia remédio e que não me restava senão resignar-me. Por isso, para mim, na minha situação actual, todas as experiências da minha idade não têm utilidade presente nem proveito futuro.
Ao nascermos, iniciamos uma luta que só termina com a morte. De que serve aprender a conduzir melhor o seu carro quando se está no fim da estrada?
Então, já não resta senão pensar em como sair dele. O estudo de um velho, se é que ainda tem algo a estudar, consiste unicamente em aprender a morrer, e é precisamente o que menos se faz na minha idade, em que se pensa em tudo menos nisso. Os velhos estão mais agarrados à vida do que as crianças e saem dela com mais má vontade do que os jovens. É que, como todos os seus trabalhos se destinaram a essa mesma vida, ao chegarem ao fim, vêem que os seus esforços foram inúteis. Todos os seus cuidados, todos os seus bens, todos os frutos das suas laboriosas vigílias, tudo abandonam quando partem. Em vida, não pensaram em adquirir algo que pudessem levar consigo quando morressem.
Jean-Jacques Rousseau, in 'Os Devaneios do Caminhante Solitário'

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

UM PAIS DE ESCRITORES

Afinal Portugal sempre tem futuro para além do Turismo.


Diziam as más-línguas que a única coisa que poderia salvar a nossa economia, seria investir seriamente na indústria do turismo. Criando condições para que, em vez do Sul de Espanha, os turistas optassem por Portugal.

Mas estavam todos enganados!

O futuro de Portugal está na literatura, vejam o elevado número de novos e talentosos escritores que têm surgido:
  • Fátima Lopes (Amar depois de amar-te)
  • João Braga (Aí este meu coração)
  • Santana Lopes (Percepções e Realidade)
  • Carolina Salgado (Eu Carolina)
Que venha mais um Nobel da Literatura… a malta agradece.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

NOITE DE PAZ


Está a chegar mais um Natal.
As ruas já se encontram todas iluminadas e a azafama em busca de prendas é grande.
Começamos a ser bombardeados com publicidade que incentiva ao consumo. As campanhas de solidariedade também já arrancaram em força.
Fazemos o presépio, enfeitamos a árvore e sentimo-nos invadir por este espírito natalício que está por todo o lado.
Mas será isto o Natal?
Será que só nesta época nos recordamos daqueles que nada têm?
Só nesta época arranjamos tempo para dedicar àqueles que tanto negligenciamos durante todo o ano?