A FELICIDADE, IMPOSSIVEL?
Uma amiga, com voz calma, dizia-me: “ Óscar Wilde, um optimista nato, referia que existem duas tragédias na existência: não satisfazer todos os desejos; satisfazer todos os desejos.
Alguns chegam a determinada fase da vida e apercebem-se que não conseguiram obter aquilo que pensaram que era necessário para ser feliz.
Outros obtiveram tudo o que projectaram ter para serem felizes e não o são.
Para ambos o mundo parece vazio e entediante, em crise existencial.
O que é que lhes poderá trazer a felicidade?
Muitas pessoas sentem que vivem numa sociedade de concorrência feroz e de sacralização das riquezas materiais e de profunda angústia, sem encontrarem um outro ideal que não esse egoísmo exacerbado.
Uns viram–se para a religião, outros para seitas, outros para drogas de toda a espécie, outras para um estilo de vida em sucessivas fugas para a frente vertiginosas, outros a estragar a vida de quem está por perto.
Há quem ache que a meditação filosófica é um recurso de muitos para suportar a vida e que a felicidade é uma coisa pessoal.
Cada um tem a sua felicidade, diferente da felicidade dos outros.
Uma felicidade igual para todos é um absurdo.”
A conversa continuou longa.
Como viver para ser feliz?